No dia 27 (sexta-feira), das 15 horas às 17h30, o Interlegis promove live sobre “Educação Digital em Tempos de Pandemia”. Especialistas e parlamentares vão discutir medidas para garantir o acesso de estudantes à internet durante o isolamento social. Rui Gonçalves, jornalista e diretor de Cultura do INVOZ, participará do evento para falar sobre o Manisfesto Internet Pela Educação que propõe o acesso gratuito e ilimitado a conteúdos educacionais.
“O Manifesto quer gerar uma conscientização de que esse fato ocorre hoje e não vai acabar com o fim da pandemia. Muito pelo contrário. O aprendizado vai passar cada vez mais pelo mundo digital”, diz Gonçalves, gerente de relações institucionais da Quero Educação e autor do manifesto. Para ele “a sociedade precisa entender que, para uma parcela grande dos estudantes brasileiros, ter acesso à internet é tão importante quanto ter merenda”.
O Interlegis é o “think tank” do Senado Federal, centro de debates e produção de discussões de temas relevantes para o desenvolvimento do Brasil. A transmissão será nos canais da TV Senado e do Interlegis no Youtube e no portal e-Cidadania (https://www12.senado.leg.br/ecidadania/), que vai disponibilizar certificado de participação válido como horas extracurriculares para universitários.
Sobre o Manifesto Internet pela Educação
O Manifesto Internet pela Educação já coletou mais de 1,3 mil assinaturas em seu site. O movimento, criado pelo INVOZ e Quero Educação, tem o objetivo de oferecer o acesso ilimitado e gratuito a todos os conteúdos educacionais que dependam do uso de internet, além de trafegar na mais alta velocidade disponível e sem consumir a franquia contratada.
O documento coloca para a sociedade a situação de uma parte importante dos estudantes, em todos os níveis de ensino: a impossibilidade de acompanhar as aulas remotas por não terem internet. Durante a pandemia de Covid-19, o cenário de desigualdade estrutural evidenciou os obstáculos enfrentados por alunos e professores no ensino à distância na rede pública, afirma o manifesto.
“A pandemia deixou muito evidente que o aprendizado depende cada vez mais do acesso ao conhecimento que está online e que milhares de estudantes não podem acessá-lo. Isso torna a educação mais desigual, e a sociedade não pode permitir”, relata Rui Gonçalves, autor do manifesto e diretor de Cultura do INVOZ.
Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – Tecnologia da Informação e Comunicação 2019 (Pnad Contínua – TIC), formulada pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic), aproximadamente 30% dos lares no Brasil não tem acesso à internet.
O manifesto evidencia a exclusão digital de estudantes e propõe uma mudança que viabilize o acesso à educação por meios digitais sem barreiras impostas por planos de internet e franquias de dados. Os três pilares da mudança proposta estão em destaque no site www.internetpelaeducacao.com.br e no texto do manifesto, que pode ser encontrado clicando aqui.