Turboelice Embraer

Turboélice projetado pela Embraer ganha versão com motores na cauda

A Embraer revelou uma atualização do projeto do novo turboélice de passageiros, ainda sem nome, que está atualmente em desenvolvimento. A aeronave passou a exibir uma configuração com motores instalados na cauda em vez de posicionados nas asas, como mostravam as primeiras ilustrações divulgadas pela empresa.

A nova configuração foi revelada pela empresa no último dia 13.  Veja aqui reportagem publicada no portal Airway na última segunda-feira (16). Leia aqui a reportagem completa.

A nova configuração foi projetada como uma forma de reduzir o ruído interno da aeronave.

“O projeto de turboélice de última geração continua a ser desenvolvido. Além de serem mais velozes, com custos operacionais mais baixos e com mais espaço pessoal do que outros modelos no mercado, os motores montados na parte traseira reduzem o ruído da cabine para uma experiência de jato”, disse o Arjan Meijer, CEO da Embraer Commercial Aviation no Twitter.

De acordo com a reportagem, como o turboélice para 70 a 90 passageiros compartilhará componentes com a família E-Jet, o avião se beneficiará de um espaço interno mais generoso que o dos atuais aviões regionais da categoria.

No entanto, é em outro tipo de aeronave que a Embraer pensa oferecer uma alternativa mais econômica e sustentável, a de jatos regionais com 50 assentos, entre eles o CRJ 200 e o ERJ 145.

A nova configuração também poderá possibilitar uma adaptação mais barata e rápida a novas tecnologias híbridas graças aos suportes dos motores. A solução anterior, presa às asas, provavelmente exigiria mudanças mais profundas no projeto.

O novo projeto, contudo, mostra uma aeronave mais convencional, com asas de desenho simples.

Ainda segundo o portal Airway, a Embraer não adiantou dados de desempenho, mas acredita-se que a fabricante brasileira deverá revelar mais informações sobre o projeto em breve.

Dilema

Curiosamente, a Embraer já passou por uma situação semelhante quanto à escolha da posição dos motores de uma aeronave. Projeto surgido ainda durante a fase estatal, o jato regional ERJ 145 nasceu com uma configuração de motores sobre as asas.

Logo ficou claro que o projeto não oferecia boas condições e foi revisado com os motores colocados em pilones sob as asas. Mas nesse caso o problema envolveu o trem de pouso alto demais.

No fim, a Embraer acabou adotando a mesma solução, de motores instalados na parte traseira da fuselagem, configuração semelhante a jatos como o MD-80, Fokker 100 e modelos executivos. Não por acaso, esse desenho tornou mais fácil a adaptação do projeto para a criação do Legacy, seu primeiro jato executivo.

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