Cinco aeronaves fabricadas pela Embraer são destaque em reportagem publicada pelo Canaltech, no último domingo (6). Além de ressaltar detalhes dos aviões, o portal apresenta a fabricante brasileira como modelo de negócio para o mundo.
Leia aqui a reportagem do Canaltech.
Há mais de cinco décadas a Embraer, empresa fundada pelo engenheiro Ozires Silva, presidente de honra do Conselho de Administração do INVOZ, projeta e constrói aviões para uso comercial e militar. Conquistou mercado concorrendo com gigantes do setor, e hoje é a terceira maior do mundo no mercado de aviação, ficando atrás somente de Boeing e Airbus.
Veja a seguir os aviões icônicos da Embraer destacados pelo Canaltech.
1. Embraer EMB-110 “Bandeirante”
Lançado em 1971, o EMB-110 Bandeirante é um marco na história da aviação brasileira. Com produção iniciada em 1971, o avião foi pensado para levar até 21 passageiros quando configurado para uso civil, mas, devido a sua grande versatilidade, também há a opção para operações militares de diversas variantes.
Com produção interrompida em 1991, o Bandeirante segue, até hoje, como um dos aviões mais equilibrados já desenvolvidos pela Embraer, tendo feito parte de frotas importantes, como a do início da TAM, antigamente chamada de Táxi Aéreo Marília. Sua versatilidade era tamanha que a fabricante chegou a produzir 18 variantes de uso civil e militar. Segundo registros da ANAC, ainda existem Bandeirantes em operação pelo país.
Sua velocidade máxima é de 426 km/h e a autonomia é de 1.900 quilômetros.
2. Embraer EMB-312 “Tucano”
O Embraer EMB-312, mais conhecido como Tucano, é o avião utilizado pela Esquadrilha da Fumaça.
O Tucano é um avião militar turboélice para ataques leves e treinamento de tripulação de guerra, sendo um projeto relativamente moderno criado pelo engenheiro Joseph Kóvacs, em 1980. Já aposentado, o EMB-312 foi substituído em 1996 pelo Super Tucano, o EMB-314, utilizado até hoje para apresentações e exercícios e, posteriormente, pelo Super Tucano 2017.
Sua velocidade máxima é de 448 km/h e a autonomia é de 2.055 quilômetros.
3 – Embraer E-Jets
Os E-Jets são as aeronaves da Embraer pensadas para a aviação comercial. Essa linha é composta por modelos que abrigam de 80 a 144 passageiros, sendo o E-195 E2 o mais recente deles, lançado em 2013 e que já está em operação pelo mundo desde 2018. Essa variante com a nomenclatura E2, aliás, é mais silenciosa e econômica, independentemente do modelo, que se subdivide em E-175, E-190 e E-195. Já são mais de 1.600 da família E-Jet entregues pela Embraer.
4. Embraer C-390 Millennium
O mais novo desta lista, o Embraer C-390 Millennium é o maior avião produzido pela Embraer e também o maior fabricado na América Latina. Especialmente encomendado pelas Forças Armadas. O seu desenvolvimento custou cerca de US$ 2 bilhões.
Sua funcionalidade é voltada para uso militar, sendo especialmente projetado para transporte tático/logístico e reabastecimento em voo. Uma de suas principais tecnologias é o sistema de voo fly-by-wire, que torna a direção da aeronave mais precisa e “na mão” do piloto. Além disso, ele é capaz de levar mais de 23 toneladas de carga.
Sua velocidade máxima é de 988 km/h e a autonomia com peso máximo de decolagem é de 2.820 quilômetros.
5. Embraer Legacy 600
Feito com base no avião regional ERJ-145, o Legacy 600 foi um dos primeiros jatos executivos da Embraer, fazendo seu voo inaugural em 2001. Por ser um projeto derivativo, ele já nasceu, digamos, maduro, o que ajudou a conquistar muitos clientes pelo mundo, sobretudo nos Estados Unidos e Canadá.
O Legacy 600 é certificado para abrigar até 15 passageiros no maior luxo e conforto. Por seu corpo mais esguio e pontudo, é sempre destaque em eventos de aviação executiva, como a LABACE, que acontece anualmente em São Paulo, atraindo não apenas entusiastas, como também compradores.
Um triste episódio na história do Legacy foi seu envolvimento no acidente com o voo 1907 da Gol, em setembro de 2006, quando os responsáveis por pilotar um exemplar do jato da Embraer estavam desatentos e rasparam parte da asa no Boeing 737 da companhia aérea, que acabou caindo e matando todos os ocupantes.