Com aporte de US$ 25 milhões, startup ‘converte’ avião para voar sem piloto

Depois de trabalhar em sigilo por três anos, a startup norte-americana Merlin Labs anunciou, nesta quinta-feira (26), que desenvolveu uma nova tecnologia autônoma para aeronaves voarem sem piloto. A empresa promete converter um avião comum, como o turboélice King Air, em um avião totalmente autônomo, sem humanos a bordo.

A Merlin Labs saiu das ‘sombras’ após uma rodada de financiamento bem-sucedida na qual arrecadou US$ 25 milhões em fundos do GV (Google Ventures). A startup, sediada em Virgínia (EUA), desenvolve hardware e software sofisticados que cumprem as funções de um piloto humano.

Além da captação de recursos, a Merlin também anunciou um acordo com a empreiteira de serviços de aviação Dynamic Aviation para colocar sua tecnologia de avião sem piloto em operação comercial. O acordo prevê a implantação de ao menos 46 aviões autônomos movidos pelo novo sistema, de acordo com anúncio feito pela GV.

Voos no deserto

“Depois de trabalhar silenciosamente nisso por três anos, estamos finalmente compartilhando o que estamos fazendo: trazendo autonomia para aeronaves comerciais”, revela o CEO da Merlin Labs, Matthew George, em um bate-papo com Andy Wheeler, sócio da GV, em um vídeo também divulgado nesta quinta-feira.

Desde 2019, a empresa tem testado seu sistema autônomo em voos no deserto de Mojave, localizado entre o sudeste da Califórnia e o sul de Nevada, embora com um piloto de segurança no avião.

“A Merlin está criando uma camada de autonomia onipresente que permite que as pessoas movam grandes objetos no céu, esses objetos fazem coisas úteis – e, em última análise, melhoram a vida no solo”, disse o CEO da Merlin no vídeo da  GV.

No entanto, apesar do otimismo, antes que a frota autônoma alce voo comercialmente, a Merlin Labs precisa obter autorização da FAA (Federal Aviation Administration). De acordo com o site Tech Crunch, George não informou o cronograma de produção e certificação das aeronaves autônomas, mas a certificação é obrigatória e rigorosa nesse mercado altamente regulamentado e justificadamente avesso a riscos.

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