Brigadeiro Piva tem recorde de tiro aéreo e título de melhor aluno

Conhecido como “Von Braun brasileiro” – em referência a Wernher Von Braun, engenheiro alemão e uma das principais figuras no desenvolvimento de foguetes –, o Major Brigadeiro do Ar Hugo de Oliveira Piva, hoje com 94 anos, é uma referência para a aeronáutica brasileira. Natural de Brotas (SP), o Brigadeiro cresceu em uma família de fazendeiros, mas desde pequeno sonhava em ser piloto de caça. Entre suas conquistas, estão os recordes de tiro aéreo e o título de melhor aluno do ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica).

Em 1950, Piva chegou a São José dos Campos (SP) para cursar Engenharia Aeronáutica no instituto, onde se formou com louvor, em 1958. Ainda na carreira acadêmica, o Brigadeiro é PhD pela Caltech (Instituto de Tecnologia da Califórnia), onde completou um curso com duração de sete anos em apenas quatro. Na época, Piva embarcou para a aventura nos Estados Unidos com a mulher e os filhos.

“Foi uma adaptação trabalhosa, não diria difícil. Um país estrangeiro, costumes totalmente diferentes dos nossos. A Caltech, já naquela época, era uma das escolas mais avançadas no mundo”, explicou o Brigadeiro, que possui sua tese no mural de entrada do laboratório do instituto americano até hoje. 

Carreira de aviador

Expert em pesquisa espacial e nuclear, Brigadeiro Piva foi o primeiro piloto de prova da aeronáutica que não fez o curso para isso. Como chefe do CTA – atual DCTA (Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial) –, ele fazia os ensaios para homologação dos aviões feitos no Brasil ou que sofriam grandes mudanças estruturais no país.

“Desenvolvemos um avião pequenininho, o Guido Pessotti era um dos projetistas e fez o primeiro voo, o avião era totalmente instável. Após algumas mudanças, eu fiz o voo e vi que era excesso de estabilidade estática e tinha que ir reajustando, aí ele ficou ótimo”, relembrou animado suas experiências.

Ainda como aviador, Brigadeiro Piva serviu na base aérea de Santa Cruz, juntamente com pilotos de caça vindos da Itália. Nesta época, o Brigadeiro trabalhou com o avião P-47, onde conquistou seus recordes de tiro aéreo. “Até hoje, meus recordes não foram batidos e nunca mais vão ser, porque não tem mais esse avião”, afirmou.

Outro marco importante na carreira do Major Brigadeiro do Ar foi a participação no projeto “Beija-flor”, um helicóptero experimental com diversas inovações. “Foi uma oportunidade muito interessante, trabalhei no projeto de desenvolvimento aerodinâmico das pás e depois o helicóptero ficou pronto e eu fiz os ensaios de voos”, disse Piva.

Brigadeiro Piva é homenageado no IV Encontro de Escritores e Jornalistas de Aviação.

Vida pessoal 

Aos 94 anos, Brigadeiro Piva diz não se sentir um homem totalmente realizado. “A gente sempre acha que falta fazer muita coisa, que muita coisa precisa ser corrigida”, afirmou. Apesar disso, Brigadeiro diz que é feliz com as coisas que conquistou, sendo a tese da Caltech um ponto muito importante para sua vida.

Além da carreira da aviação, Brigadeiro Piva é expert em vinhos. Segundo ele, a apreciação pela bebida é herança de família. “Meus avós eram italianos e meu pai foi criado naquele ambiente, e vinho é um elemento importante em todas as reuniões italianas”, contou. 

 

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