A formatura da primeira turma de Mecânicos de Usinagens Especiais do SENAI (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) será realizada nesta sexta-feira (29/07), às 19 horas, no auditório do SESI em São José dos Campos (SP). “O evento será um marco para o cenário aeroespacial brasileiro, que começa a colher bons frutos por meio da educação e da formação de profissionais de alto nível para uma área que sofria com falta de mão de obra qualificada”, ressalta Neide Pereira Pinto, presidente do INVOZ e patrona da turma, que contará com 39 formandos.
O evento reunirá vários cursos da instituição na mesma noite, incluindo o primeiro do Brasil voltado totalmente à capacitação customizada para o setor aeroespacial. Desenvolvido pelo SENAI São Paulo, o curso de Aprendizagem Industrial – Mecânico de Usinagens Especiais contou com apoio do INVOZ, da Assecre (Associação dos Empresários do Vale do Paraíba), de instituições e lideranças do setor no Parque Tecnológico de São José dos Campos, de fornecedoras da Embraer (Empresa Brasileira de Aeronáutica), entre outras empresas.
O programa completo, também oferecido nas cidades paulistas de Botucatu e Campinas, tem duração de dois anos, sendo o primeiro para formação de Mecânico de Usinagens Especiais, e o segundo para formação de Mecânico de Usinagem Aeroespacial. “Nós temos a terceira maior empresa fabricante de aviões do planeta e não tínhamos um curso de formação à altura. É gratificante saber que, a partir de agora, todo ano haverá profissionais qualificados saindo para o mercado brasileiro”, salienta Mauro Ferreira, conselheiro do INVOZ e sócio fundador da Globo Usinagem.
Mão de obra especializada
“Atualmente, o mercado aeroespacial brasileiro encontra uma carência em mão de obra especializada. As empresas têm que contratar, treinar e depois de tudo isso é muito comum haver um ‘rodízio’ de colaboradores que migram de uma para outra companhia em um intervalo pequeno de tempo. O curso foi criado para minimizar esses problemas. Nós estamos introduzindo a cultura aeroespacial nesses jovens que são o futuro do país”, explica Neide Pereira Pinto.
Criação do curso
Uma conversa com o presidente do SENAI São Paulo, em 2018, mudaria o cenário aeroespacial brasileiro. “A instituição era referência para aqueles que trabalham com metalurgia, porém, não se formavam profissionais para o nosso setor. A proposta foi aceita e o curso começou a ser desenhado. Houve capacitação de docentes, elaboração do material didático e especificação dos equipamentos, além de um investimento de mais de R$ 40 milhões de reais só em softwares especializados”, conta Mauro Ferreira.
A grade curricular inclui aulas de matemática e ciências aplicadas à usinagem; sistema de gestão e qualidade; desenho técnico mecânico; desenho técnico 3D; controle dimensional; tecnologia da usinagem; máquinas convencionais e operações manuais; usinagem em máquinas a CNC; manutenção e fluidos; e manufatura assistida por computador. Os alunos têm, ainda, aulas de comunicação em multimeios e de desenvolvimento pessoal e profissional.
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