Empresas de engenharia japonesas se uniram à agência espacial do Japão, Jaxa (Japan Aerospace Exploration Agency), para pesquisar e desenvolver um novo jato supersônico. A proposta é projetar um novo jato supersônico de 50 lugares que poderá entrar em serviço até 2030, de acordo com reportagem publicada no portal Aeroin na última segunda-feira (28).
Leia aqui a reportagem completa.
O anúncio foi feito pela Jaxa no dia 16 de junho. Os trabalhos serão realizados em conjunto com grandes empresas de manufatura, como IHI, Mitsubishi Heavy Industries, Kawasaki Heavy Industries, Subaru e Japan Aircraft Development Corp.
O projeto do supersônico prevê o desenvolvimento de uma nova tecnologia que possa melhorar a eficiência de combustível e a resistência do ar, além de uma solução que pode reduzir pela metade a força dos “booms” sônicos.
Desafio
O boom sônico é o fenômeno no qual as ondas de choque geradas pela aeronave se propagam na atmosfera quando ela quebra a barreira do som, ponto em que a aeronave está se movendo a uma velocidade igual ou além da velocidade do som (Mach 1). Ressoa como uma explosão momentânea.
“A tecnologia de design de fuselagem pode reduzir o estrondo sônico em uma ampla faixa e atender aos padrões de ruído de aeronaves supersônicas. Ao demonstrar isso em voo, contribuiremos para a formulação de padrões internacionais estabelecidos pela ICAO (Organização da Aviação Civil Internacional)”, diz trecho da nota da Jaxa publicado pela Aeroin.
Atualmente, uma aeronave não supersônica que voa aproximadamente a Mach 0.8 (cerca de 987,84 km/h) consegue realizar um voo entre o do Japão para a Europa e os Estados Unidos, em mais de 12 horas. Com a aeronave supersônica esse tempo leva em torno de 6 horas.
Para atender à alta demanda de executivos, governos e milionários, cerca de 1.000 e 2.000 aeronaves supersônicas podem ser inseridas na próxima década, em voos comerciais tradicionais ou executivos.