Segundo jornal O Globo, o vazamento de dados da fabricante de aeronaves Embraer, iniciado na segunda-feira, tem mais de 300 megabytes de arquivos, entre fotos, planilhas e até documentos relacionados à venda do avião militar Super Tucano. A empresa informou na manhã de quarta-feira (09) que conseguiu restabelecer a operação de todos os seus sistemas 14 dias após o ataque hacker.
Ainda de acordo com o noticiário, a gangue de hackers que invadiu os sistemas da empresa vazou os dados em retaliação à decisão da companhia de não negociar um resgate. Os dados foram disponibilizados na deep web, parte da rede que não é indexada por buscadores como o Google.
O jornal informa que na página em que os documentos foram publicados, os criminosos colocaram um aviso de que os vazamentos continuariam, o que sugere uma chantagem à empresa. O GLOBO tem questionado a Embraer desde a última sexta-feira sobre que medidas judiciais tomou ou que denúncias fez à polícia, mas não obteve resposta.
Além disso, no material que foi publicado, constam desde uma planilha que contabiliza 36 funcionários que participaram de um churrasco até um termo de confidencialidade datado de 2018 assinado pela empresa e a Sierra Nevada Corporation (SNC), relacionado à venda de unidades do caça A-29 Super Tucano ao governo da Nigéria.
O Globo conclui que ao todo, foram vazados até o momento 24 documentos relacionados à transação com a Nigéria, todos datados de 2018, quando as aeronaves, usadas no patrulhamento de fronteiras e noo treinamento de pilotos, começaram a ser entregues. À época, a Embraer divulgou a venda de 12 aeronaves ao país, que devem ser entregues até 2021.
Para saber como foi o ataque hacker à Embraer, leia a reportagem completa aqui.